Os esgotos
Composição
Defini-se rede de esgoto, segundo o dicionário Michelis: ’’canalização principal a que se ligam os canos de despejo de águas servidas e dejetos’’.
A composição dos esgotos depende dos usos das águas de abastecimento e varia com o clima, os hábitos e as condições socioeconômicas da população e da presença de efluentes industriais, infiltração de águas pluviais, idade das águas residuárias, etc. Os esgotos domésticos são constituídos aproximadamente de 99,9% de material líquido e os demais 0,1% de material sólido, possuem como base matéria orgânica e mineral cujas em solução e suspensão tendo também alta quantidade de bactérias e outros organismos patogênicos e não patogênicos.
Podem ser encontrados também produtos indevidamente jogados descarga abaixo e lançados na rede de esgotos, como estopas, chupetas e outros materiais relacionados às crianças, objetos de higiene feminina, tais como absorventes, preservativos usados ou ainda produtos tóxicos de origem industrial, etc.
Sistemas de tratamento de esgoto – História
Os primeiros sistemas de esgotamento executados pelo homem tinham como objetivo protegê-lo das vazões pluviais, devendo-se isto, principalmente, à inexistência de redes regulares de distribuição de água potável encanada e de peças sanitárias com descargas hídricas, fazendo com que não houvesse, a primeira vista, vazões de esgotos tipicamente domésticos.
Sítios escavados em Mohenjo-Daro, no vale da Índia, e em Harappa, no Punjab, indicam a existência de ruas alinhadas, pavimentadas e drenadas com esgotos canalizados em galerias subterâneas de tijolos argamassados a, pelo menos 50 centímetros abaixo do nível da rua. Nas residências constatou-se a existência de banheiros com esgotos canalizados em manilhas cerâmicas rejuntadas com gesso. Isto a mais de 3000 a. C.
No Egito, no médio Império (2100-1700 a. C.), em Kahum, uma cidade arquitetonicamente planejada, construíram-se nas partes centrais, galerias em pedras de mármore