OS EQUÍVOCOS DO TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS NA ALFABETIZAÇÃO E NA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO
Fabiana Barbom MENDES1
RESUMO: No cenário atual, são claras as dificuldades relacionadas à alfabetização, principalmente do que tange ao aprendizado da leitura, da escrita e interpretação de textos. Vários autores, como Ferreiro (1999) e Cagliari (2004), consideram que, em busca de desenvolver as habilidades necessárias para adquirir a língua materna, a escola deve desenvolver um trabalho de formação e prevenção. Formação no que se refere a compreensão do que lê e escreve. Prevenção, no sentido de, através da compreensão dos textos lidos e escritos, o individuo seja capaz de ter plena autonomia e controle de sua vida em sociedade. Basicamente, esse é o principal objetivo buscado nas escolas brasileiras, tornar o individuo autônomo do ponto de vista de administrar sua vida social. Assim, diante dessa busca, é evidente a crescente utilização de gêneros textuais na alfabetização, procurando inserir na prática didática, a utilização dos textos em seu contexto social, deixando a antiga prática dos textos escolarizados. Infelizmente, ainda há muitos equívocos nesse trabalho. Os dados aqui apresentados são baseados em documentos oficiais do MEC e na observação das aulas, planejamentos, formação e trabalhos dos coordenadores e professores sob minha orientação durante meu trabalho como Dirigente Administrativo de Serviço da Coordenação Pedagógica do Ensino Fundamental na Secretaria Municipal de Educação de Araçatuba. Em termos de considerações gerais, propõe-se reflexões acerca da importância do trabalho consciente com os gêneros textuais na alfabetização, buscando uma aprendizagem efetiva e significativa.
PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização; Letramento, Gêneros Textuais; Equívocos.
1. Introdução
A compreensão crítica do ato de escrever não se esgota na decodificação pura da palavra escrita, mas se antecipa da inteligência do mundo. (FEIRE, 2001, p.11)
Uma das