Os equívocos da retórica
A retórica tem armadilhas que só podemos detectar se as conhecermos. Na linguagem do dia-a-dia as pessoas utilizam uma linguagem muito pobre, constituída por frases curtas, muito simples, conhecidas por frases feitas ou clichés ou chavões. São expressões que devem ser evitadas no seu uso e só devem usar-se o mínimo possível, por exemplo: provérbios populares.
Esta linguagem é extremamente empobrecedora e conduz à trivialização da linguagem, à superficialidade do pensamento, devem ser evitadas, pois são insinuantes mas muito empobrecedoras. Quando as pessoas não sabem pensar por elas próprias, usam frases feitas, isto é, coisas que toda a gente diz para assim emitirem opinião, ora, isto não se deve fazer. A publicidade e a propaganda utilizam estas formas de retórica vulgares, isto é, estas frases que toda a diz, mas de uma forma simulada ou implícita.
Temos de prestar atenção aos equívocos da retórica publicitária e propagandista.
Tanto a publicidade como a propaganda politica procuram produzir emoções nas pessoas que não correspondem com a verdadeira realidade, por exemplo: prometem felicidade ao adquirir-se um produto. Ora, nós sabemos que a felicidade nunca depende de um bem material, os títulos publicitários são tanto mais eficazes quanto mais concisos forem. Estes esquemas provocam impacto, estas frases são muito impactantes, ou seja, suscitam a
ANUÊNCIA1 rápida das pessoas, explorando sentimentos. Os publicitários e os políticos, fazem de propósito para tocar os sentimentos das pessoas para assim as convencerem. Só se formos pessoas educadas, dotadas de espírito filosófico é que podemos resistir ao domínio das frases feitas, dos títulos publicitários e da propaganda politica.
As frases feitas limitam o diálogo, o intelecto, destroem a originalidade e o pensamento pessoal. A organização retórica é baseada numa natureza ideológica, na ambiguidade, por querer adaptar-se a todas as situações. Este pensamento