Os direitos das mulheres
Questão-problema: A mulher na sociedade é inferior?
Na sociedade em geral, parece que algo de injusto se passa: as mulheres têm vindo a ser vítimas de ataques sistemáticos, como se fossem seres de condição inferior à masculina.
Possíveis respostas:
Nos anos 60, num Mundo feito de homens, as mulheres eram toleradas porque eram necessárias, porém, eram sempre confinadas a um lugar secundário, de acordo com as capacidades que lhes eram atribuídas.
Colocadas no lugar que lhes era reservado pelos homens, viviam passivamente na obediência a leis criadas por eles, perpetuando-se, assim, a sua condição de seres menores.
Argumentos a favor:
1. A condição da mulher Talibã: As mulheres são fantasmas que passam sem rumo na paisagem de homens barbados e armas ao ombro. São de tal modo desgraçadas que, mesmo quando os maridos as infetam com doenças venéreas, cabe a elas expiar as culpas de tal delito. Porque elas são o pecado e eles a virtude.
2. A condição da mulher ocidental:
Uma longa tradição europeia que perdurou até finais do século XVIII, considerava as mulheres seres inferiores em relação aos homens. Emotiva, pouco racional e organizadas, a sua função básica circunscrevia-se à procriação e ao lar.
Os gregos remeteram-nas para o Gineceu. Platão considerou as mulheres e os escravos como seres destituídos de razão.
Aristóteles embora as considerasse inferiores aos homens, preocupou-se sobretudo em precisar a melhor idade em que deviam procriar e serem educadas pelos maridos.
Jean-Jacques Rousseau, símbolo por excelência do iluminismo, mais de 2 mil anos depois continua a repetir o mesmo tipo de discurso sobre a inferioridade das mulheres.
Este era o conceito dominante e quase nada mudou ao longo de séculos.
Argumentos contra:
1. A publicação do livro O segundo sexo por Simone de Beauvoir, em França, veio trazer confiança às mulheres pelo seu valor intrínseco, passando a considerarem-se seres diferentes, mas não inferiores em relação ao homem.