os deveres da escola
Você já parou para pensar: Quem é você? Se sim, então, você deve ter percebido que você é um ser único, diferente de todos os demais, mas, ao mesmo tempo, você tem características muito semelhantes as das pessoas que você convive ou que conviveu, ao longo de sua vida. É como se os outros estivessem dentro de nós, mesmo que esses estejam longe de nós ou que já tenham partido rumo à Morada Celeste.
As nossas ações e decisões se dão pautadas em nossa individualidade, e também na memória dessas pessoas, mesmo que não tenhamos consciência disso, no exato momento que agimos. Como você faz a escolha da profissão? Como você se relaciona com as pessoas? Com que modo você é pai ou mãe? Você não tomou essas decisões e tem essas ações por influência de outras pessoas?
Nós também podemos ter ações de total negação de algumas pessoas com as quais convivemos, por exemplo: um filho de um pai alcoólatra e violento pode decidir ser totalmente diferente de seu pai, assim nunca ingerir álcool e ser uma pessoa pacífica. Mas, mesmo nesse ato de negação, está marcada a influência do outro. O outro é, portanto, de fundamental importância para formação de nosso Eu.
O outro, além de marcar nossa personalidade, tem um papel fundamental para nós cristãos. O cristianismo é uma religião relacional e nessa relação, o nosso Deus se faz presente na face do outro. Por isso, Jesus nos deixou apenas esses dois mandamentos: “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito e (…) Amarás teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22, 37-8).
O nosso acesso a Deus se dá por meio de nosso irmão, nas palavras de Jesus: “Onde duas ou mais pessoas estiverem reunidas em meu nome, eu estarei no meio delas” (Mt 18, 20). E não é possível encontrar a Deus, se estivermos sós, sem um sentimento de amor verdadeiro ao outro, assim: “Se alguém disser amo a Deus e odiar a seu irmão é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão