Os contos de fadas na alfabetização
INTRODUÇÃO
Dentro de cada homem existe uma criança e pode existir também a lembrança de pelo menos um conto de fadas que marcou sua vida. Dessa forma, pensou-se na elaboração deste trabalho, como forma de buscar meios de lidar com crianças que estão no período de alfabetização, criando atividades que possam auxiliar a criança nos diversos níveis de escrita e leitura, a fim de que passem de um estágio ao outro e elaborem algumas de suas questões inconscientes. Por meio de linguagem simbólica dos contos deseja-se que a criança construa uma ponte de significação do mundo exterior para seu mundo interior, aprendendo valores, refletindo sobre suas ações, sendo crítico, sua criatividade, sua expressão e linguagem. A escolha desse tema surgiu quando realizava estágio em Educação Infantil.Percebi o quanto os Contos de Fadas se tornam instrumento íntimo do mundo mágico das crianças, tornando a aprendizagem algo prazeroso, além de possibilitar que o indivíduo alcance o equilíbrio necessário para viver em sociedade, podendo adaptar-se melhor ao ambiente escolar. Na escola, a teoria e a prática nem sempre seguem juntas. Os objetivos e ideais em geral permanecem no papel junto ao longo planejamento escolar. Atualmente observamos um movimento dos professores no sentido de tomar conhecimento de vários trabalhos desenvolvidos durante as décadas de 70, 80 e início de 90, com o intuito de serem aplicados na pedagogia da alfabetização, objetivando tornar o processo não só de aprendizado da decodificação dos signos, mas também de descoberta, um ato inteligente. Merecem destaque nesse sentido trabalhos como os de FERREIRO e TEBEROSKY (1979) sobre a psicogênese da língua escrita, influenciados consideravelmente por por PIAGET, assim como também, NICOLAU (1987), SANTOS (1989), CARDOSO e TEBEROSKY (1980), entre outros. Nesse contexto, a leitura saiu da cartilha para a leitura de um universo mais próximo e concreto do cotidiano.