os conceitos de poder nas organizações
Ao nos depararmos com a árdua tarefa de definir um conceito ou até mesmo um significado para a palavra poder e as relações que giram ao seu redor, defrontamo-nos com as mais diferentes definições a respeito do assunto. Sob uma ótica marxista, vemos o poder como um fruto da alienação econômica. A alienação trata-se de um fenômeno no qual se reprime características pessoais em virtude de algum fator externo, no caso em comento, o fator econômico. Trata-se de um poder legitimado pelas capacidades econômicas superiores de um indivíduo.
Temos também o poder no nível psicanalítico, o qual se caracteriza também por uma alienação, dessa vez em virtude de uma sensação de impotência e fraqueza diante de outrem, na qual o ser humano age em busca de sua própria segurança. Outra perspectiva de poder pode ser traçada no âmbito da ideologia. Pessoas com grande capacidade de influência possuem facilidade em persuadir outros indivíduos em prol de seus interesses, sejam eles pessoais ou organizacionais. Não obstante a tais afirmações, esse tipo de poder é facilmente identificável nas relações políticas entre candidatos e eleitores.
Antes de alcançar a definição de poder que interessa no âmbito organizacional, não seria prolixo relembrar as três formas de autoridade segundo Max Weber, citadas no livro de Prestes Motta (p.03 e 04). De acordo com Weber, os tipos de autoridade seriam: a tradicional, baseada nos costumes e tradições de um povo, legitimando-se na maioria das vezes pela dita “Vontade Divina”; a carismática, caracterizada pelos atributos pessoais do indivíduo, seja em seus feitos ou em seus discursos eloqüentes; a racional-legal, que se baseia nas regras e no ordenamento jurídico reconhecido como válido por uma determina comunidade. Esta última forma de autoridade é a que mais de aproxima com a análise de poder que fazemos com relação às organizações.
Finalmente encontramos o conceito de poder como um fenômeno político, o qual