Os clássicos da politica
Aula: Enquanto Platão e Tomás de Aquino acreditavam na bondade do ser humano, para Hobbes a natureza humana é má, e para viabilizar a sociedade, tornou-se necessário estabelecer um contrato social, surgindo então o Estado, estático e repleto de normas para controlar desejos e conflitos.
Livro: para Hobbes, a sociedade é fruto de um contrato social indissolúvel e inquestionável. Através dele, os homens abrem mão de parte de sua liberdade para que sejam protegidos pelo Estado pleno e pela autoridade daquele que o compõe, seja um único indivíduo ou de uma assembléia. Essa autoridade há de ser soberana, ou seja, seu poder é ilimitado e suas decisões são as decisões de cada um de seus súditos. É o Estado que impõe o respeito à hierarquia e entre seus membros; afinal, conhecendo-nos melhor a partir de uma auto-avaliação, chegamos à conclusão de que somos iguais em nossas paixões, ainda que sejam diferentes os objetos das paixões.
“De um só golpe, o contrato produz dois resultados importantes. Primeiro, o homem é o artífice de sua condição, de seu destino, e não Deus ou a natureza. Segundo, o homem pode conhecer tanto a sua presente condição miserável quanto os meios de alcançar a paz e a prosperidade.”
“(...) na natureza do homem encontramos três causas principais de discórdia. Primeiro, a competição; segundo, a desconfiança; e terceiro, a glória.” Para Hobbes, glória está ligada à reputação e à honra, definida como “o valor atribuído a alguém em função das aparências externas”. Quando essa honra é ferida, pode gerar violências “por ninharias, como uma palavra, um sorriso, uma diferença de opinião, e qualquer outro sinal de desprezo”.
É importante distinguir os conceitos direito de natureza e lei de natureza: “Pois o direito consiste na liberdade de fazer ou de omitir, ao passo que a lei determina ou obriga a uma dessas coisas”. A verdadeira liberdade dos súditos consiste na possibilidade de dissolução do pacto, caso o fim de proteger a sua vida não