Os clássicos da política
Vamos tomar conhecimento dos clássicos da política do mundo moderno, pois a maior homenagem que se pode fazer a estes gênios é conhecer a ligação entre as suas idéias e as lutas históricas das épocas em que viveram. Eles acompanharam a formação do Estado moderno, o florentino Maquiavel, no século XVI, os ingleses Hobbes e Locke, no século XVII, até, os franceses Montesquieu e Rousseau e os americanos, Madison, Hamilton e Jay, autores de “O Federalista”, todos no século XVIII. Este livro introduz o leitor nos temas fundamentais da teoria política clássica, nucleados em torno da construção do Estado-Novo, e nele, o leitor encontrará textos escolhidos dos próprios clássicos, que são fundamentais para a compreensão do pensamento de cada um deles. Para nos introduzir em contato com estes clássicos, e nos ajudar a superar as dificuldades iniciais, comentadores preparados e seguros foram escolhidos, garantindo-nos assim a oportunidade de confrontar os textos do pensador clássico e do seu comentador, e assim, com o nosso próprio exercício de interpretação, já que um exercício de interpretação em política é sempre um exercício de liberdade. Um pensador é considerado um clássico quando suas idéias sobreviveram ao seu próprio tempo e, são recebidas por nós como parte constitutiva da nossa atualidade. Todos estes pensadores tiveram suas obras feitas em um contexto de muitas mudanças, Maquiavel numa Península Itálica em constante instabilidade e disputas; Hobbes e Locke numa Inglaterra tempestuosa e revolucionária; Montesquieu e Rousseau numa França absolutista e de grandes desigualdades sociais e os autores de “O Federalista”, Madison, Hamilton e Jay em meio a Revolução Americana. As ligações do pensamento dos clássicos com os grandes acontecimentos políticos do seu tempo, não devem ser vistos por uma ótica estritamente política, pois mesmo Maquiavel, o mais