Os cincos riscos existentes na biossegurança na academia
SAÚDE DA POPULAÇÃO E OUTRAS FACES.
Bartolomeu L. Barros Jr.1
Filipe Dimon2
RESUMO
Este artigo trata de uma reflexão sobre a atividade física em academia de ginástica, na perspectiva de riscos a saúde pública. O uso indiscriminado, sem conhecimento, de esteróides anabolizantes, a ausência de profissionais da
Educação Física nas avaliações, prescrições e planejamentos dos exercícios e, ainda, as incidências e prevalências de lesões advindas destes serviços são fatores presentes nestes estabelecimentos. Foram aplicados 125 questionários em 6 academias de ginásticas na região da cidade de Senhor do Bonfim-BA, escolhidas aleatoriamente. Após avaliar os dados em porcentagens simples, constatou-se que 20% do usuários/clientes sofreram lesões. Os ombros e os membros inferiores foram a maior queixa. E 17% revelaram usar algum tipo de esteróides anabolizante. Considerando esta afirmativa como o uso de alguma substância que pudesse estimular a ação estética e da performance, mesmo que de forma subjetiva/motivacional. Contudo, estes dados podem ser considerados comuns no mercado de fitness. Mas uma outra questão nos provoca, no sentido de haver uma certa legitimação dessa cultura física. Em que estabelecimentos clandestinos ou não continuam passando as cegas pelos órgãos de vigilância e conselhos profissionais de saúde. Nesta direção, o corpo passa a ter significados e sentidos além do fisiológico. Moldando-se numa estrutura de adaptação ao ambiente da academia de ginástica, configurando-se como campo de controle social para grupos específicos. Como no caso dos tipos malhados, sarados, bombados, entre outros. Como grupos que afirmam um ideal de corpo que traduz uma concepção de vida e enfrentamento social.
Palavras chaves: Academia Ginástica, Risco, Saúde, Corpo
1 Professor do CEFET-Petrolina-PE. Especialista em Bioética (UFLA) e membro do NIEL (Núcleo
Interdisciplinar de Estudos do Lazer -