Os Carbon Rios
Fala de jovens e estudantes universitários na década de 60 e vivemos a luta de uma parcela da juventude brasileira contra a ditadura militar, movimento estudantil de 1968 e seu esmagamento pelo regime militar; como um jovem secundarista se torna um guerrilheiro urbano; o sequestro dos embaixadores da Alemanha e da Suiça e a liberdade de 110 presos políticos; as façanhas e os dilemas de carlos Lamarca; a crise e a destruição da guerrilha.
Iniciou as atividades políticas no movimento estudantil em 1967 no grêmio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tornou-se coordenador do Grêmio Livre do Aplicação e fez parte da diretoria da Associação Municipal de Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro. Participou ativamente das manifestações de 1968 contra a ditadura militar no Brasil, incluindo a famosa Passeata dos Cem Mil2 . Reagindo ao aumento da oposição civil, principalmente entre a classe média e intelectual, aditadura militar no Brasil promulgou o Ato Institucional Número Cinco no final de 1968 e passou a reprimir as manifestações políticas de forma cada vez mais violenta, com cassações de políticos, aposentadoria compulsória de professores universitários e de juízes, prisões arbitrárias e tortura de presos políticos.
No ano seguinte, Sirkis, assim como vários outros jovens com ideais políticos de esquerda, passou a participar diretamente da resistência armada contra a ditadura. Ingressou na Vanguarda Popular Revolucionária, que teve como líder mais conhecido o ex-capitão do exército Carlos Lamarca e passou a viver clandestinamente, usando, principalmente, o codinome Felipe. As ações do grupo guerrilheiro incluíram desde assaltos a bancos e lojas comerciais para angariar fundos até ataques a instalações militares para obter armas3 4 , porém destacaram-se os sequestros de diplomatas estrangeiros para conseguir a libertação de companheiros presos e torturados5 . Em março de 1970, o grupo sequestrou o cônsul japonês em São