Os automóveis Bicombustiveis
Com o crescente aumento da frota de carros no mundo, e os combustíveis derivados de petróleo como a gasolina e o diesel sendo mais consumidos, surgiu a necessidade de buscar novas fontes de energia para os automóveis, visto que o petróleo é um recurso não renovável. Dessa necessidade surgiram os carros bicombustíveis ou flex fuel que são aqueles que podem funcionar com etanol (álcool), gasolina ou a mistura dos dois, diminuindo os custos para os consumidores, mas em contrapartida, podendo gerar uma grande pressão sobre a produção de alimentos.
A tecnologia dos carros bicombustíveis surgiu nos Estados Unidos, mas foi no Brasil que ela alcançou o seu ápice, isso porque, segundo Nascimento (2008, p.40), os veículos americanos podiam ser abastecidos somente com gasolina ou com álcool contendo 15% de gasolina, já no Brasil os carros bicombustíveis assumiram a verdadeira concepção da expressão flex fuel, pois podem ser abastecidos com qualquer mistura de álcool e gasolina ou somente com cada um dos dois. Isso foi possível graças a um programa desenvolvido no Brasil pela Magnet Marelli como destaca Nascimento (2008, p.42), “o SFS – Software Flexfuel Sensor, um poderoso programa desenvolvido especialmente para o veículo flex e instalado em um chip no centro da UCE”. Vale ressaltar que a UCE é unidade central de comando eletrônico dos automóveis. Informações vindas de sensores espalhados no sistema de combustível chegam até a UCE que calcula a maneira como o motor tem que trabalhar com o combustível injetado.
De acordo com Cardoso ,
Para tornar a tecnologia flex viável no inicio de 2000, o governo reduziu alíquota de IPI para os automóveis flex-fuel. Com isso, a produção em série de carros e motor equipados com a tecnologia virou realidade no país. Em abril de 2003 era lançado o primeiro automóvel flex-fuel, o Gol “Total flex” da Volkswagen (equipado com sistema flex-fuel da Magneti Marelli), com um preço um pouco mais elevado que o