Ortografia
LÍNGUA PORTUGUESA
(Material de Apoio)
Flávia Durães
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares ...
É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la, teremos ficado ... para sempre ...à margem de nós mesmos...
Fernando Pessoa
MONTES CLAROS – MG
1º SEMESTRE/2013
“Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com a primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como outro falso; foi feita para dizer.”
(Graciliano Ramos)
ORTOGRAFIA
Nas palavras de Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante (Gramática da Língua Portuguesa): “A competência para grafar corretamente as palavras está diretamente ligada ao contato íntimo com essas mesmas palavras. Isso significa que a frequência do uso é que acaba trazendo a memorização da grafia correta. Além disso, deve-se criar o hábito de esclarecer as dúvidas com as necessárias consultas ao dicionário. Trata-se de um processo constante, que produz resultados a longo prazo.” As noções gramaticais apresentadas nesta seção referem-se à gramática formal, entendida como o conjunto de regras fixado a partir do padrão culto de