Ortodontia
Respiração bucal no contexto multidisciplinar: percepção de ortodontistas da cidade do Recife
Valdenice Aparecida de Menezes*, Luiza Laranjeira Cavalcanti**, Tâmara Cavalcanti de Albuquerque**,
Ana Flávia Granville Garcia***, Rossana Barbosa Leal****
Resumo
Objetivo: avaliar o conhecimento de cirurgiões-dentistas especialistas em Ortodontia da ci-
dade de Recife/PE, Brasil, sobre respiração bucal, bem como verificar os seus protocolos de atendimento. Métodos: estudo transversal mediante entrevista individual e estruturada com
90 profissionais inscritos na Sociedade Pernambucana de Ortodontia e Ortopedia Facial. O formulário contendo 14 perguntas foi testado pelo método de validação de “face”. Resultados: o sexo feminino foi prevalente (55,6%); para 78,9% dos pesquisados, a maior titulação foi a especialização; a maioria trabalhava apenas em clínica particular (67,8%) e 38,9% dos entrevistados eram docentes. Os critérios de diagnóstico mais utilizados foram: postura corporal (97,8), vedamento labial (96,7) e olheiras (86,7%), com percentuais semelhantes entre os grupos quanto ao tempo de graduado; o uso da placa metálica de Glatzel foi baixo (3,3%).
Com relação às sequelas da respiração bucal, os maiores percentuais foram para as alterações craniofaciais 94,4% (más oclusões) e as corporais 37,8% (postura). O tempo de duração da respiração bucal (84,4%) foi o item mais citado pelos pesquisados como associado a sequelas.
Para nenhum dos itens avaliados verificou-se associação significativa com o tempo de graduado, ao nível de significância de 5%. Para a maioria dos entrevistados, tanto do serviço público como privado, o protocolo de atendimento do respirador bucal deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar. Conclusões: a maioria dos entrevistados, independentemente da experiência profissional, tem conhecimento da síndrome do respirador bucal e da necessidade de um tratamento diferenciado dentro de uma visão abrangente