Origem histórica e conceito de terceiro setor
A origem do Terceiro Setor na América Latina vem desde o período da colonização dos povos europeus, acontecendo através de atos benevolentes da Igreja e outras entidades da época.
Apesar de ter início na Europa, o exemplo se multiplicou e contribuiu para a estruturação de novas entidades organizadas, que atualmente em outras áreas sociais.
No Brasil, inicia-se, a partir da década de 70, com organizações não-governamentais voltadas para movimentos de defesa de meio ambiente, minorias e etc.
Assim esse fenômeno passou a ser considerado estratégico nas relações econômicas e sociais de todo o país. A importância disso aumentou ainda mais quando o Estado necessitava de parceiros para realizar políticas sociais de sua responsabilidade, a ponto de corresponder às expectativas dos cidadãos. Essa situação também era de responsabilidade do mercado que pouco contribuía no amplo contexto das relações de desenvolvimento social.
A noção de Terceiro Setor, enquanto conceito utilizado para explicar parte da realidade social contemporânea, parece ter origem nos Estados Unidos, conforme indicação de numerosos autores. A tradição de incentivo à associação de cidadãos, de acordo com seus interesses, presente na sociedade norte-americana, favoreceu o surgimento e ampliação do numero de organizações da sociedade civil e Ongs (Organizações não Governamentais) que, posteriormente, viriam a constituir o Terceiro Setor naquele país.
As prováveis matrizes teóricas que contribuíram para o surgimento da noção de Terceiro Setor foram comentadas por diversos autores, dentre os quais cumpre citar Carlos Montaño (2002); Augusto de Franco (2001); Simone de Castro Tavares Coelho (1998) e Andrés Falconer (1999). Tradicionalmente, são mencionados como possíveis referências conceituais, que influenciaram a criação do termo Terceiro Setor, autores de tradições teóricas bastante distintas, como Habermas, Castells, Tocqueville, Stuart Mill e Gramsci.