Origem do universo de acordo com alguns filósofos pré-socráticos
Tales de Mileto (624 - 545 a.C)
Segundo Tales, a origem de todas as coisas estava no elemento água: quando densa, transformara-se em terra; quando aquecida, viraria vapor que, ao se resfriar, retornaria ao estado líquido, garantindo assim a continuidade do ciclo. Nesse eterno movimento, aos poucos novas formas de vida e evolução iriam se desenvolvendo, originando todas as coisas existentes. Diz-se que a Filosofia iniciou com Tales porque com ele acontece a primeira separação entre o pensamento racional e o que as pessoas percebem através dos cinco sentidos.
O espírito do mundo é Deus e as coisas têm alma que penetra nelas através da umidade. É também através da umidade que o poder de Deus entra nas coisas e as movimenta. Para ele todas as coisas estão cheias de deuses. Ele chega a essa afirmação por perceber que as coisas no mundo estão em constante movimento. Tales descobriu também que algumas estrelas não eram fixas em relação às outras como pareciam e as chamou de planetas. Ele fixou ainda em trinta o número de dias durante o mês e constatou que o ano era composto de 365 dias e um quarto. Estudou ainda a eletricidade estática.
Anaximandro (610 - 547 a.C.)
Anaximandro pensava que nosso mundo é somente um entre diversos outros mundos que irão se desenvolver, evoluir e se desintegrar em um processo infinito. Nosso cosmos, um entre os infinitos que existiram e os infinitos que virão, iniciou-se com os contrários principais que são o frio e o calor. Uma idéia muito parecida de como alguns físicos modernos concebem a teoria do Big-Bang. Segundo Anaximandro, é a partir da transformação de cada coisa no seu contrário, isto é, da mudança entre pares de opostos da realidade, que podemos perceber que elas estão imersas em um turbilhão