Origem da vida
Eu não tive a formação na escola de arquitetura inculcada na proporção áurea, mas sim a de que o projeto deve seguir uma coerência e deve ter um conceito. Quanto mais delineado esse conceito, mais satisfatório o resultado final. Se para alguns, essa coerência reside no uso de uma padronização, um seguimento da proporção áurea ou um outro preceito que lhes sirva de verdade, o que importa é que sejam coerentes com a sua proposta.
Mas que o uso da proporção áurea tem trazido beleza ao nosso mundo é bem conferido nas imagens abaixo.
Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si, mas também a partir da matéria bruta, de uma forma espontânea. Essa idéia, proposta há mais de 2 000 anos por Aristóteles, era conhecida pôr geração espontânea ou abiogênese. Os defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam um "princípio ativo", isto é, uma "força" capaz de comandar uma série de reações que culminariam com a súbita transformação do material inanimado em seres vivos.
O grande poeta romano Virgílio (70 a.C.-19 a.C.), autor das Écoglas e da Eneida, garantia que moscas e abelhas nasciam de cadáveres em putrefação. Já na Idade Média, Aldovandro afirmava que, o lodo do fundo das lagoas, poderiam, poderiam nascer patos e morcegos. O padre Anastásio Kircher (1627-1680), professor de Ciência do Colégio Romano, explicava a seus alunos que do pó de cobra, espalhado pelo chão, nasceriam muitas cobras.