Origem da língua portuguesa - teste
Ao longo da história do Brasil, houve a incorporação de termos estrangeiros que foram feitos de maneira sistemática e ininterrupta.
Recentemente temos a adoção servil de termos ingleses por influência do domínio cultural, tecnológico e científico.
Para ilustrarmos a importância dos termos estrangeiros utilizados na linguagem cotidiana, parafrasearemos a fábula “A revolta das palavras” da linguística Adair Pimentel Palácio:
Língua Portuguesa convocou todas as palavras para uma
Assembléia Geral. O motivo foi de conhecê-la por dentro e por fora. Ela estava engordando ao ingerir palavras novas e emagrecendo por outro lado. Sua bela figura estava sofrendo deformação por estrangeirismos abomináveis. No momento certo foram chegando convocados e convidados.
Todos tomaram seus lugares.
As palavras de origem latina constituíam a maior parte do plenário.
As eruditas sentaram-se logo na frente; depois sentaram-se as populares. Em seguida sentaram-se as multinacionais: empréstimos franceses, ingleses, italianos, alemães, africanos e árabes.
Na galeria, instalaram-se os neologismos, as siglas, as abreviações famosas. Nos corredores e escadas, sentadas pelo chão, estavam as gírias, bem hippies.
A sessão foi aberta. A Língua Portuguesa começou solicitando que quem não fosse completamente brasileiro se retirasse. Levantou-se todo mundo. Só ficaram sentadas uma meia dúzia de palavras. Eram as de origem indígena.
Língua Portuguesa pediu ordem no plenário e reformulou suas palavras, convidado a retirarem-se as palavras que não fossem legitimamente vernáculas. Novamente deu confusão. Língua Portuguesa resolveu pedir as palavras estrangeiras para contar sua história. Assim, ela teria condições de julgar.
Língua Portuguesa, concedeu vernaculania às palavras. O triunfo desses estimulou outros tantos.
Língua Portuguesa ficou atordoada,