Origem da Filosofia
Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber. Assim a filosofia indica um estado de espírito da pessoa que ama, isto é, daquela que deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita.
Pitágoras de Samos teria afirmado que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos. “Quem quiser ser filósofo necessitara infantilizar-se, transformar-se em menino”. (M. Garcia Morente).
O caráter comunitário da Paideia (educação) grega imprimiu-se em cada membro, sendo fonte da ação e do comportamento. A estrutura social assentava nas leis e normas, escritas ou não, unindo a si e a seus membros, sendo a educação o resultado da consciência viva de uma norma cuja finalidade era a formação de um elevado tipo de homem (forma ideal do Belo e do Bom guerreiro), representando, assim, o sentido de todo o esforço humano (e isso justifica a comunidade e a individualidade).
Desse modelo ideal aristocrático ao ideal democrático, importantes alterações foram feitas: antes eram os poetas que através dos mitos transmitiam os valores que deveriam ser imitados pelo povo grego. Mas, com a assembleia, surge a necessidade de se falar em público e o bem falar era a pretensão sofística. A democracia, como governo do povo, ainda exigia dirigentes eleitos e os sofistas trabalhavam em prol daqueles que almejavam os cargos estatais. A palavra ganha destaque. Nas assembleias, os retóricos conseguem persuadir com sua eloquência, detendo o poder para a realização dos seus interesses.
Esse ensino foi feito de forma privada e particular, tendo a virtude como aptidão intelectual