Orientação Vocacional
Na primeira entrevista, investigamos quais os objetivos do cliente em relação à orientação vocacional. Ou seja, o que ele espera desse processo, como chegou no consultório: por vontade própria ou se foi encaminhado.
Investigamos também, em que momento o cliente se encontra pré-dilemática, dilemática, problemática ou resolução. pré-dilemática: o adolescente não percebe o que deve escolher e apresenta, neste momento, defesas do tipo identificação projetiva e ambigüidade dilemática: percebe que deve fazer algo, sente-se invadido por uma urgência e ansiedade, os conflitos são ambíguos e as defesas são negação, dissociação e a identificação projetiva; problemática: há preocupação em relação à escolha e as ansiedades manifestam-se em persecutórias ou depressivas, há menos confusão, mais discriminação, mas ainda não há integração e as defesas são a projeção, a negação e, às vezes, o isolamento; resolução: há busca de solução para o problema, pois outros problemas de escolha já foram solucionados. Isto é, já elaborou a separação do objeto que deixou de lado. Nesta situação os conflitos que emergem são ambivalentes e as defesas podem se apresentar sob a forma de regressões esporádicas ou sob a forma de onipotência.
O papel do orientador, na primeira entrevista, deve ser de acolhimento, visando formar vinculo com o cliente, mas ao mesmo tempo dando continência. Ele trabalha com a perspectiva de futuro do seu cliente e não como psicoterapia, que resgata suas questões do passado.
Com relação à influencia da família na escolha profissional, a escolha da profissão de um jovem pode estar à serviço de um conflito familiar.
É preciso investigar por que a pessoa está considerando, na sua escolha profissional, a vontade dos pais. Se não está, qual a razão de querer contrariar os pais. Ainda, é preciso investigar qual a dinâmica familiar, que lugar esse adolescente ocupa nessa família e qual o seu projeto de vida.