ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
Silvio Duarte Bock, 2006
A preocupação com o que fazer para alcançar a sobrevivência é recente para os homens, portanto, não é um problema universal da espécie humana. Antes, a atividade realizada pelos homens não era questão de escolha, mas determinada pelas classes sociais.
“A escolha profissional só assume relativa importância quando, de forma definitiva, instala-se o modo de produção capitalista.” (p. 23).
Só vemos avançar as teorias e as práticas na área da orientação profissional no modo capitalista de produção, que introduzirá a divisão técnica do trabalho.
Nesse momento, a questão da seleção e a escolha profissional passam a ter importância, uma vez que prevalece a ideia do homem certo no lugar certo. (p.
24).
Teorias em orientação profissional
1. Teorias não psicológicas: a escolha profissional do individuo é causada por elementos externos. O indivíduo é passivo. As forças das contingências e o padrão cultural das famílias definem a posição e a ocupação do indivíduo na sociedade.
2. Teorias psicológicas: analisam os determinantes internos dos indivíduos no processo de escolha, no qual estes desempenhariam papel ativo, e as condições sócio-econômicas e culturais teriam papel secundário.
Teoria traço e fator: profissão certa para o indivíduo, de acordo com suas características e habilidades. Acredita-se que as aptidões, interesses e traços profissionais são inatos.
Teorias psicodinâmicas: buscam explicar como os indivíduos constituem sua personalidade e como se aproximam das profissões.
Superação da visão inatista da personalidade, pois é a partir da relação dos impulsos com o meio que as pessoas constituem sua individualidade. Teorias desenvolvimentistas: concepção de desenvolvimento vocacional – os indivíduos desenvolvem vocacionalmente, e esse processo dura a vida toda. Os indivíduos procuram ocupações que traduzam a imagem que têm de si mesmos, e sua escolha