Organizações Ensaio

Ensaio
Gestão de conflito
Introdução
Hawthorne ficou conhecida na história não apenas por ter sido o berço de inúmeras inovações tecnológicas operadas pela Western Electric Company, mas, sobretudo, por ter dado lugar a uma investigação que sepultou o redutor “homoeconomicus” e o mecanicismo tayloristas, dando lugar ao “homosociologicus” e “homopsicologicus” de Elton Mayo, comtemplando as organizações como sistemas sociais edificados pelas estruturas informais dos grupos (Ferreira, 2001).
Desta forma, a Escola das Relações Humanas adestra uma dinâmica humana “não lógica” nas organizações que obedece a pressupostos psicológicos ao invés de interesses económicos (Ferreira, 2001).
Segundo Ferreira a organização é definida pelos seus objetivos cujo seu alcance só é possível sob influências interindividuais e intergrupais. Posto isto, a partir do instante em que se coloca a ênfase no poder construtivo e executivo das relações humanas (individuais e grupais) nas organizações abre-se, simultaneamente, o precedente para o antagónico poder destrutivo das mesmas – o conflito?
Para os humanistas o conflito insurge-se como uma consequência natural e inevitável em qualquer grupo, mas será esta, necessariamente negativa e obrigará à separação do grupo, ou à exclusão do elemento conflituante?
Posto isto, o presente irá debruçar-se sobre as relações humanas (grupos) nas organizações no âmbito do conflito, propondo-se a refletir acerca da(s) forma(s) de administrar o mesmo.
Conflito ou Conflitos? A conceptualização em Psicologia, é sempre uma árdua tarefa independentemente do conceito, e o conflito não é exceção, no entanto, o mesmo deve-se em grande medida à heurística que conceitos como este encerram. Apesar das inúmeras definições que são apresentadas, todas elas coincidem ao assinalarem uma qualquer incongruência entre as diferentes entidades sociais (indivíduos, grupos e organizações).
Nascimento e El Sayed (2002) operacionalizaram o conflito quanto à sua