Organização e açao pedagógica
Foi através de diálogos entre Freire e Shor que estes dois educadores trouxeram à tona a discussão sobre a educação integradora e a educação libertadora. Estas educações, por mais que tragam conceitos próprios e direcionados sobre alguns aspectos que serão comentados a seguir, possuem uma ligação extremamente importante para ser analisada para nós, futuros educadores. Partindo do pressuposto de que o graduando tem algum objetivo por trás do fato de ter escolhido esta carreira profissional, constata-se que mora dentro do educador – mesmo que de forma escondida – duas palavras importantes: transformação e intenção. Oriundas dos comentários de Lopes e Damis, percebe-se que a educação carece de que o professor tenha dentro de sua mochila estas duas palavras citadas anteriormente. E, através desta analogia, podem-se introduzir os conceitos das duas palavras-chaves do ponto de vista de Shor, onde a Educação Libertadora está diretamente vinculada à transformação social, em âmbito pleno e concreto, enquanto a Educação Integradora abrange a modelação do conhecimento, como se fosse um vaso de barro, sendo possível remodelá-lo, ou simplesmente a partir de um ponto construir um novo. Se dentro da mochila do professor as palavras transformação e intenção tiverem vida (sentido concreto e perceptível), será possível fazer destas educações – libertadora e integradora – uma ferramenta forte e estimuladora para a educação brasileira. Em muitas salas de aula encontram-se professores ditos como apenas transmissores do conhecimento, sem trabalhar este vaso de barro, que – quando mal construído – será frágil e terá um tempo de vida breve. O professor precisa ser além do transmissor do conhecimento, afinal não se pode tratar este fato “como se o conhecimento se desse sob a forma de informação, e como se aprender não fosse outra coisa que não adquirir e processar informação” (LARROSA, 2002, s/p). O professor deve ser cético, no