Organização social no Brasil “Sociologia”
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Organização social no Brasil “Sociologia” O fundamental, portanto, é constatar que o positivismo não erra por tentar fazer uma Sociologia empírica. Eles empobrecem essa ação por não perceberem o elemento reflexivo e teórico que deve andar de mãos dadas com a coleta de dados. Esse elemento implícito precisa ser bem equacionado, sob a pena de a pesquisa não trazer os resultados esperados, ou o que pode ser ainda mais perigoso, levar a uma compreensão enviesada do objeto que está sendo analisado. Esse não é o único momento de ataque ao positivismo. Adorno (2008) se mostra incomodado, conforme já foi demonstrado com o modo como o positivismo preconiza a relação entre a teoria e empiria. A própria Constituição da Sociologia se relaciona com um conjunto de antagonismos. Adorno (2008) lembra que Auguste Comte, um dos fundadores da Sociologia, abrigava um projeto que se pretendia científico e livre da metafísica e outro mais filosófico, voltado para a realização do espírito positivo, apresentando, apesar de ser um antimetafísico convicto, semelhanças com a noção de espírito de Hegel. O sociólogo precisa se precaver para não ser “pautado” pela sociedade e para não ficar refém daquilo que ela lhe apresenta como problema e, às vezes, como solução. O pensador deve ir à procura do efêmero e imperceptível, deve buscar o essencial. Ao entrar logo no essencial, o sociólogo não pode resumir sua atividade de pesquisa à coleta, ao processamento e ao armazenamento de dados. A prática sociológica permite articular discussão teórica com questões concretas.
Por fim, Adorno (2008) reflete sobre a relação da Sociologia com as demais ciências. Ele irá se opuser a tentativa purista de forjar uma Sociologia formal e totalmente autônoma em relação às demais ciências.