organização mundial da saúde
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A OMS, em recente relatório sobre o assunto, define a violência como “o uso da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”. A questão da intencionalidade situa a violência no âmbito iminentemente humano, pois somente os humanos possuem intencionalidade em seus atos ou omissões. É um fenômeno sobre o qual existe responsabilidade dos sujeitos individuais e coletivos, uma vez que as ações violentas se realizam por meio das pessoas dentro de sua cultura. A negligência e a omissão também são formas de violência, assim como os acidentes, que na CID estão categorizados junto com as violências na rubrica “causas externas”. Quando se decide falar dos acidentes é porque, na prática e quase sempre, existe associação entre eles e outras formas de violência. Por exemplo, uma criança que se envenenou ingerindo produto de limpeza doméstica, tenha morrido por acidente ou por negligência dos familiares que deveriam cuidar dela, e, no mínimo, colocar os recipientes num lugar seguro. Alguém que acidenta pessoas no trânsito por dirigir embriagado, não tem intencionalidade e vontade própria quando abusa da bebida alcoólica? Diante das dificuldades para se estabelecer com precisão o caráter de intencionalidade, tanto eventos violentos quanto dos acidentes, entendo que sua classificação comporta sempre certo grau de imprecisão. Na área da saúde há pelo menos três correntes que buscam explicar a violência. Uma sustenta que é resultante de necessidades biológicas, outra determina que é exclusivamente de arbítrio dos sujeitos, e a última atribui a predisposições genéticas e traços de personalidade. Há estudos que afirmam ter uma personalidade de criminosos: egocentrismo falta de controle emocional, propensão a ser explosivo, entre outras características. A reflexão