Organização escolar
Uma das características importantes das organizações contemporâneas é a sua complexidade crescente. O sistema educativo, com o desenvolvimento da chamada escola de massas, é uma das organizações em que se tornou visível e característico. A escola tem de ser a referência desta disciplina; isto porque a educação se realiza e acontece na escola. O processo docente-educativo é complexo e, por isso, necessita de uma correcta organização e gestão a fim de alcançar o objectivo social da educação e da escola. O crescimento dos objectivos escolares tem imposto condicionalismos dramáticos aos gestores da educação que se sentem esmagados pela tarefa imensa de criar a infra-estrutura física e os recursos humanos necessários. Por outro lado, o crescimento deu também lugar a novos problemas de ordem qualitativa. De facto, a contínua expansão da educação teve como resultados a entrada nas escolas de alunos de diferentes origens sociais e cujo nível cultural, problemas e aspirações completamente diferentes dos das clientelas tradicionais. As instituições de ensino (escolas, institutos, faculdades…) constituem a base do sistema educativo e, se lhes for assegurada uma organização apropriada, tal facto influenciará decisivamente no funcionamento do conjunto do sistema. Na sua organização interna, as instituições de ensino possuem vários níveis de gestão considerando-se o número e complexidade de situações e pessoas envolvidas directa ou indirectamente. Sendo o número de utilizadores “clientes” constituindo um dos indicadores de importância das organizações prestadoras de serviço, a instituição de ensino é, pois, uma complexa empresa cujo produto a obter nos parece claro: sucesso escolar e educativo dos alunos. Considerando assim esse produto, o “cliente” será o aluno directamente e, o pai, o mercado do trabalho e outro professor indirectamente: os trabalhadores serão os professores e os funcionários auxiliares e