Organização de espaço e tempo na ecola
O presente trabalho propõe-se a discutir e analisar a perspectiva educativa do espaço físico das creches, tendo como objetivo geral refletir sobre como o espaço físico e sua organização influenciam a aprendizagem das crianças.
O processo de expansão da Educação Infantil vem contribuindo para que crianças pequenas se desenvolvam tanto no aspecto físico, como nos aspectos psicológico, intelectual e social.
Nessa perspectiva, uma concepção educação que valoriza o aluno como sujeito entende “O ambiente [...] como algo que educa a criança; na verdade, ele é considerado o “terceiro educador” (EDWARDS; GANDINI; FORMAN, 1999, p. 157).
Entendemos que o espaço físico destinado as crianças da Educação Infantil deve ser planejado de acordo com a faixa etária das crianças, criando possibilidades para que elas possam usufruir do mesmo de uma maneira lúdica e prazerosa, sem que essa aprendizagem seja interrompida pela falta de organização e adequação dos espaços internos e externos das instituições.
Para facilitar a compreensão organizamos o trabalho em três capítulos. No primeiro capítulo, abordaremos a concepção de infância e a evolução deste conceito ao longo da história. Segundo o historiador Phillipe Ariès (1981), as crianças eram obrigadas a comportarem-se como adultos, o que significou o desconhecimento do universo infantil. Foi somente a partir século XVI que as idéias de pensadores como Jean Jacques Rousseau passaram a influenciar o pensamento sobre a infância, ao diferenciar criança de adulto.
A partir das concepções apresentadas faremos um histórico do surgimento das creches, destacando que as primeiras instituições de atendimento às crianças foram criadas na Europa medieval sendo chamadas de “roda dos expostos”. No Brasil a falta de políticas públicas e a escassez de recursos fizeram com que o atendimento das crianças pequenas no Brasil se tornasse precário e tardio.
Em seguida, no segundo capítulo, analisaremos os documentos oficiais produzidos