Oralidade e Construção de textos
Cada uma com suas propriedades, a Língua Oral e a Língua Escrita se completam. Os falantes não escrevem exatamente como falam, pois a fala apresenta como características uma maior liberdade no discurso, pois não necessita ser planejada; pode ser redundante; enfática; usando timbre, entonação e pausas de acordo com a retórica – estas características são representadas na língua escrita por meio de pontuações.
Necessita-se de contato direto com o falante para que haja linguagem oral, sendo a mesma espontânea e estando em constante renovação. Assim, como o falante não planeja, em seu discurso pode haver uma transgressão à norma culta.
A escrita, por vez, mantém contato indireto entre escritor e leitor. Sendo mais objetiva, necessita de grande atenção e obediência às normas gramaticais, assim caracteriza-se por frases completas, bem elaboradas e revisadas, explícitas, vocabulário distinto e variado, clareza no diálogo e uso de sinônimos. Devido a estes traços esta é uma linguagem conservadora aos padrões estabelecidos pelas regras gramaticais.
Ambas as linguagens apresentam características distintas que variam de acordo com o indivíduo que a utiliza, portanto considerando que as mesmas sofrem influência da cultura e do meio social, não se pode determinar que uma seja melhor que a outra, pois seria desconsiderar essas influências. No momento que cada indivíduo, com sua particularidade, consegue se comunicar a linguagem teve sua função exercida.
Na língua escrita há mais exigências, em relação às regras da gramática normativa. Isso acontece porque, ao falar, as pessoas podem ainda recorrer a outros recursos para que a comunicação ocorra - pode-se pedir que se repita o que foi dito, há os gestos, etc. Já na linguagem escrita, a interação é mais complicada, o que torna necessário assegurar que o texto escrito dê conta da comunicação.
A escrita não reflete a fala individual de ninguém e de nenhum grupo social. Por essa razão, a