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Estudo Dirigido II

1- A afirmação de Lima Barreto “ O Brasil não tem povo, tem publico”, pode ser comparada á de a Aristides Lobo “ O povo assistiu aquilo bestializado” dita na época da proclamação da República. Em ambas fica explicito a não participação da população nas decisões do governo. Mesmo se tratando de uma democracia, o povo não faz questão de participar e exigir, ainda que estas sejam atitudes não só possíveis mas principalmente necessárias para o crescimento do pais. Além de não participar, as pessoas ainda criticam ou elogiam o governo assim como o público de uma peça de teatro, que mesmo não participando, ao final comentam sobre o espetáculo, seja com críticas ou elogios.
2- Com a revolução burguesa, o aumento das cidades e a industrialização, a desigualdade social se efetivou, criando expressões da questão social como desemprego, criminalidade e miséria. Era preciso que o estado melhorasse a infraestrutura, para melhor acolher a população o que de fato não ocorreu. Foi então favelas, ou como citado no texto de Mike Davis, os “slums”. Para ele, os slums eram lugares “pitorescos e sabidamente provincianos” onde ficavam o excedente da humanidade”, que eram obrigados a morar em “habitações dilapidas”, terrenos perigosos, e que vezes nem ofereciam serviço público e saneamento básico. Toda essa forma de habitação ainda mais a desigualdade e a polarização social.
3- Há uma ausência de integração da população e do governo de forma efetiva e de cidadania na tradição brasileira. A história do Brasil e marcada por uma relação entre superiores e inferiores.”[...]quando uma relação e muito marcada, a relação social assume a forma nua da opressão física e/ou psíquica”(Chaui, Marilene). A classe dominante do pais bloqueia a esfera publica das ações sociais e as opiniões e expressões de seus interesses e direitos. A sociedade esta polarizada entre privilegio das camadas dominantes e a carência das camadas populares, atando assim a construção da cidadania,