Onde Vivem os Monstros (Análise Fílmica)
“Onde vivem os monstros sob o olhar da psicanalise Freudiana”.
Analisando o filme Onde Vivem os Monstros do cineasta Spike Jonze sob o ponto de vista das teorias Freudianas, poderíamos começar falando do “complexo de Édipo”, que ocorre durante a fase de desenvolvimento chamada por Freud de fálica, é nesse momento que o menino sente ódio pelo pai, justamente por isso, também passa a temê-lo e a sentir que poderá ser castigado como retribuição aos sentimentos negativos que está dirigindo a ele, existe aí a difícil situação de odiar e amar a mesma pessoa. A superação da situação edipiana vem com a intensificação do amor, que se dá na forma de identificação do menino para com o pai, o que no caso de Max (personagem principal do filme) não ocorre, tendo em vista a ausência da figura paterna, ocasionada pelo divórcio. Max não sofre a “perda da mãe” pelo pai e sente-se poderoso diante do fato de ser o único homem entre as duas mulheres (mãe e irmã), porém as presenças dos namorados da irmã e da mãe em seu domínio fazem com que o menino sinta-se afrontado, o que acaba gerando duas crises neuróticas nas primeiras tomadas do filme.
A partir de suas crises, Max, que já tem o seu inconsciente tomado por frustrações ocasionadas por sentimentos ruins (como: solidão, sensação de abandono, raiva, ciúmes) foge da sua realidade através de um mundo “ilusório”, que poderíamos pensar sob o ponto de vista da análise dos sonhos de Freud. Nesse mundo de fantasia (sonho) Max pode ser o rei, sem ser afrontado de nenhuma forma, constrói um forte que protege seu reino contra “os estranhos”, tem a companhia e o carinho de todos.
Carol (personagem monstro) parece ser o “eu real” de Max e o menino acaba percebendo o seu comportamento e suas falhas de conduta personificadas nesse personagem. KW, parece representar no filme a mãe do menino, com sua amorosidade e tentativa de mostrar a Carol que é possível aceitar o outro e amar a todos. Todos esses personagens do