Oligomicina
A Teoria Quimio-osmótica explica que a transferência de electrões depende da síntese de ATP na mitocôndria. Se a ATP sintase for bloqueada os protões são incapazes de atravessar a matriz, deste modo, o fluxo de electrões pára. Essa paragem do fluxo de electrões resulta da incapacidade de contrariar o gradiente de protões que foi aumentando graças ao não escoamento de protões por parte da ATP sintase. Quando uma mitocôndria está disrupta por ter entrado em contacto com detergente ou por transformações físicas, os fragmentos resultantes da membrana podem catalizar electrões transferidos do succinato ou NADH para o O2, mas não há acoplamento da síntese de ATP nesta actividade respiratória. Certos componentes químicos causam o desacoplamento sem que ocorra destruição da estrutura mitocondrial. Os componentes responsáveis pelo desacoplamento contêm DNP, FCCP (fig. 19-19) e ácidos calóricos com propriedades hidrofóbicas, difundindo-se estes muito rapidamente na membrana mitocondrial. Após a entrada na membrana sob a forma de protão, eles podem provocar a libertação de protões, ocorrendo assim uma dispersão do gradiente de protões.
Peter Mitchell em 1961 vem pela primeira vez propor uma teoria capaz de explicar a síntese de ATP por parte da mitocôndria através da fosforilação oxidativa. Na base da teoria proposta estaria a hipótese de que as diferenças nas concentrações de protões são a reserva da energia extraída das reacções oxidativas. A esta teoria foi dado o nome de teoria quimio-osmótica.
De acordo com o modelo quimio-osmótico(fig.19-17), a energia electroquímica, inerente à diferença de concentração e separação da carga que ocorre na membrana interna da