Olhos
1. O muro infértil da vilania "humanidade"
No calor de minha cama manifesto meu ódio, subordinado por uma solidão descontrolada sou dominado por algo."Meu nome é humanidade", enfim tomo conta dos pobres, desesperados e ambiciosos humanos, habituado a viver nas mais profundas trevas carnais já não sei mais me alimentar de pobres almas, minha ambição atingiu qualquer ser em momentos turvos. Fui o responsável pelo declínio de todos grandes impérios. Felizmente grandes centros reúnem desesperados clamando por símbolos, imbecis e tolos não sabem que são o mais doce vinho para meu deleite.
Ao manifestar-me através dos olhos e bocas crucifico minhas ambições. Enquanto a natureza se adapta dou conta de alimentar os demônios de cada ser. Encontrei nesse quarto escuro um vaso a transbordar de ódio e desespero, enfim nem a própria loucura seria a cura para esse fruto inerte de pecado e havido de paz. Esse vaso fraco e rachado não possui nem ao menos o desfrute do selvagem tesão dos homens, que carne suja e sem gosto, cadê a sensibilidade, ambição e tão pura estagnação, realmente a forca dos pobres diabos será sua ácida moradia.
2. Os olhos arrancados de Deus para uma humanidade crucificada...
Muitos me chamam de seta devido a um trocadilho bíblico, mas diferente do salmo nenhum poder divino pode se opor aos meus desejos egoístas. A angustia do meu quarto me fez sentir o desespero dos olhos que movem os julgamentos sobre mim, coloco minha mascara risonha, me transformo em um palhaço e durmo soluçando em ambições do dia seguinte.
Acordei afogado em meus próprios excretos, meu corpo e minhas asas cortadas pararam de cicatrizar, enfim essa transição que seria a solução foi meu verdadeiro declínio. Sozinho nem o Deus que me cercava não me afaga mais, a forma de meus tortos membros, foram a ambição de tolos para acender a vela de minha pagã prece, hoje o desconhecido me fez perder a visão e o escuro tomou conta de minha alma. Os lixos prepotentes não