Olhos Azuis
O texto relata um movimento de educadores que no final do século XX resgatam vínculos perdidos entre educação e humanização dentro da escola para melhor formar um cidadão. Com essa ideia a LDB (1996) abre espaços para a construção de uma escola comprometida com a cidadania e com a rejeição à exclusão garantindo aos direitos e deveres da cidadania, a politica da igualdade, a solidariedade e a ética da identidade como princípios da educação.
Os PCNs reforçam também a necessidade de se construir uma educação básica que adote como eixo estrutural o princípio da inclusão, buscando a cooperação e a igualdade de direitos, sugerindo temas como ética, saúde, orientação sexual e a pluralidade cultural, englobando, portanto, as questões de gênero na cultura brasileira. Entretanto para que isso ocorra é preciso situar a escola na construção de um projeto político e cultural por um ideal democrático que reflita, ao mesmo tempo a complexa diversidade de grupos, etnias, gêneros, demarcados não só por relações de perda, de exclusão, de preconceitos e discriminações, mas também por processos de afirmação de identidades, valores, vivências e cultura.
Gênero: A construção social das diferenças sexuais
Gênero é aqui entendido como a construção social que uma dada cultura estabelece ou elege em relação a homens e mulheres, ou, elemento constitutivo das relações sociais fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos. Na visão da autora, o gênero, ao enfatizar o caráter fundamentalmente social das divisões baseadas no sexo, possibilita perceber as representações e apresentações das diferenças sexuais. Assim, há uma estreita e contínua imbricação entre o social e o biológico, um jeito de ser masculino e um jeito de ser feminino, com atitudes e movimentos corporais socialmente entendidos como naturais de cada sexo, portanto o processo de educação de homens e mulheres supõe uma construção