Olhos azuis
A partir deste contexto, a professora e socióloga Jane Elliott, dos Estados Unidos, começou a desenvolver um trabalho voltado ao preconceito racial. Jane propôs que esse problema, que é a realidade diária de muitos, fosse vivido por um grupo de pessoas brancas e de olhos claros. No decorrer da experiência, ela toma como base para diferenciação entre dois grupos de pessoas participantes do evento, a cor dos olhos. Pessoas de olhos claros são inferiores aos de olhos castanhos, uma vez que estes possuem essa característica nata, assim como os negros possuem a cor da pele e são discriminados. Nessa situação, são vários os constrangimentos que os mais claros passam, através de palavras e ações impostas pela professora e o grupo dos olhos castanhos. Com essas situações, consegue-se fazer com que pessoas que até então nunca tinham sofrido preconceito, sintam-se inferiores e, consequentemente, desconfortáveis diante dos outros. Num mesmo momento, fatos preconceituosos ocorridos são narrados por negros pertencentes ao grupo dos olhos castanhos. Quando um homem, por exemplo, dizia que utilizava seu tempo para aumentar a autoestima de sua filha pelos constrangimentos vividos naquele dia, ao invés de ajudá-la a fazer suas lições de casa.