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1. Introdução
Diálogo entre o Executivo Principal de uma empresa brasileira com o Consultor de Qualidade contratado: Consultor: — Qual o sistema de qualidade de sua empresa hoje? Executivo: — É o QMS. C: — QMS? Não Conheço. Os que conheço são 7QS, CQT, QVT. Qual é esse? E: — O nosso é Qualquer M... Serve. Este tem sido parte dos princípios que norteiam um grande número de empresas em nosso país até hoje. Atuando em mercados fortemente protegidos de concorrência, com consumidores habituados a pagar o ônus do defeito (sem direitos assegurados e nem mesmo reconhecidos), com trabalhadores portadores de baixíssimos investimentos sociais (de educação, qualificação, saúde e direitos legais) e com uma inflação secular que mascara problemas de gerenciamento não é de estranhar que aquele seja um princípio que rege a atividade de produção dessas organizações. A infra-estrutura organizacional de contrapartida a esse conjunto de fatores ambientais é também característica: centralização nas decisões, pouca inovação, altos níveis de competição e conflitos internos, pouca preocupação e pouco atendimento às questões da qualidade de vida no trabalho e condições de troca restritas (força de trabalho alienada por salário medíocre). Não é de estranhar que o produto seja de baixa qualidade, embora venha mantendo a rentabilidade da empresa. Porém as condições sociais não são perenes: o cenário está mudando. Há um futuro Instalando-se, e o que se vê são os consumidores aprendendo que estão legalmente assistidos, e não mais precisam levar o prejuízo pelo erro da produção/ou da gestão da empresa: as reservas de mercado não mais têm condições de serem mantidas, dadas as mudanças de relações nas trocas Internacionais (nem mesmo a cortina de ferro resistiu!); os sindicatos apresentam-se com outra configuração e diminui, paulatinamente, o número