Oi trabalho adal
O objetivo deste artigo é apresentar e discutir a evolução das principais correntes teóricas empenhadas em justificar o conceito de responsabilidade social empresarial (RSE). Embora no Brasil fale-se cada vez mais a respeito de ética nos negócios e de responsabilidade social das empresas, muitas vezes os argumentos escolhidos para justificar a RSE são essencialmente contraditórios, e misturam pressupostos derivados de orientações teóricas simplesmente incompatíveis entre si.
1. Introdução
O objetivo deste artigo é apresentar e discutir a evolução das principais correntes teóricas empenhadas em justificar o conceito de responsabilidade social empresarial (RSE). A escolha explica-se pelo fato de que, embora no Brasil fale-se cada vez mais a respeito de ética nos negócios e de responsabilidade social das empresas, freqüentemente os pressupostos teóricos subjacentes a esse debate não vêm à tona de modo claro, nem são explicitadas certas afiliações ideológicas fundamentais. Se essa imprecisão é mais evidente na produção midiática e no discurso das próprias corporações, dela não escapa contudo uma certa quantidade de trabalhos acadêmicos – talvez mais preocupados em demonstrar empiricamente as aplicações do conceito do que em identificar as visões de mundo que o sustentam.
2. Contexto histórico e evolução do conceito de RSE
O debate acerca da responsabilidade social das empresas, o qual dava-se de forma rara e marginal até trinta anos atrás, tornou-se hoje onipresente, seja nos ambientes corporativos ou nos organismos internacionais, e tanto entre movimentos da sociedade civil quanto nos corredores acadêmicos. Parece haver-se criado um amplo entendimento no sentido de que, enquanto ator social excepcionalmente poderoso e influente, a empresa deve não apenas disciplinar-se a si mesma, mas colocar-se formalmente a serviço do bem comum, de modo a remediar as falhas de funcionamento do mercado e o atual encolhimento do