Oersted
No século XIX, o período compreendido entre os anos de 1819 e 1831 foi dos mais férteis em descobertas no campo da eletricidade. Os fenômenos básicos do eletromagnetismo foram descobertos entre aquelas datas. A observação que Oersted fez, em 1819, de que uma corrente elétrica desvia a agulha de uma bússola, marca o início de uma época da Física que iria influir profundamente na história da humanidade. A ação mútua de um ímã e uma corrente elétrica aguçaram a curiosidade de muitos investigadores que até então não se dedicavam ao estudo da eletricidade, principalmente um grupo de franceses. A primeira grande aplicação da descoberta de Oersted foi feita três anos mais tarde, por
Dominique François Arago e Joseph Luis Gay‐Lussac. Este, muito conhecido por seus trabalhos em
Química. Eles observaram que quando passava corrente em um condutor enrolado numa barra de ferro, esta se imantava: estava, pois, inventado o eletroímã. No mesmo ano, Andrè Marie Ampère estabeleceu a “regra do observador”, e descobriu que um solenóide atua como um ímã. Posteriormente, Jean
Baptiste Biot e Felix Savart descobriram, ao mesmo tempo, e independentemente um do outro, a lei que leva seus nomes.
2. O EXPERIMENTO DE OERSTED
Até o início do século XIX acreditava‐se que não existia relação entre os fenômenos elétricos e magnéticos. Em 1819, um professor e físico dinamarquês chamado Hans Christian Oersted observou que uma corrente elétrica era capaz de alterar a direção de uma agulha magnética de uma bússola, como mostra a figura 1.
Figura 1. Experimento de Oersted. (Fonte: http://br.geocities.com/saladefisica10/experimentos/e96.htm
Quando a corrente elétrica “ i ” se estabelece no condutor, a agulha magnética assume uma posição perpendicular ao plano definido pelo fio e pelo centro da agulha (veja a figura 1).
TEORIA
EXPERIMENTO DE OERSTED ‐313EE 2
Figura 2. Inclinação da agulha imantada no Experimento de Oersted.
Quando havia corrente elétrica no