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UFSM
Disciplina: Química Orgânica para a Engenharia Sanitária e Ambiental
Curso: Engenharia Sanitária e Ambiental
Prof:. Luciano Dornelles
UNIDADE 4. NOÇÕES BÁSICAS DE ESPECTROSCOPIA
4.1 – Introdução a métodos espectroscópicos na identificação dos grupos funcionais
A determinação da estrutura de um composto orgânico foi um processo difícil que consumiu muito tempo no século XIX e início do século XX, e os avanços extraordinários foram feitos em décadas passadas.
Vamos supor que tenhamos feito uma reação química que produziu um composto desconhecido. Para estudar nossa amostra, é preciso primeiro purificá-la por cromatografia, destilação ou recristalização. Podemos, então, comparar seus pontos de fusão e de ebulição e outras propriedades físicas com dados de compostos já conhecidos. No entanto, mesmo que os resultados sejam idênticos aos de algum composto da literatura, não podemos ter certeza da identidade e da estrutura de nossa substância. Além disso, muitas das substâncias feitas no laboratório são novas. Não existem dados na literatura sobre elas. Por isso, é importante dispor de métodos de determinação de estruturas desconhecidas, cujas propriedades estão sendo estudadas pela primeira vez.
A análise elementar dá a composição química da amostra. Testes químicos permitem a identificação de seus grupos funcionais, uma análise qualitativa.
O problema é bem mais difícil quando as moléculas são maiores e suas estruturas podem variar muito. E se a reação produzisse um álcool com fórmula molecular C7H16O? O teste
(qualitativo) com sódio mostraria o grupo funcional hidroxila, mas não daria informação alguma sobre o restante da estrutura. Neste caso, existem muitas possibilidades, três das quais são as seguintes, figura 1:
CH3
CH3(CH2)5CH2OH
CH3CCH2CH2CH2OH
CH3
Figura 1. Três estruturas possíveis para um álcool C7H16O.
CH2CH3
CH3CCH2CH2OH
CH3
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