Odontologia no Brasil
Nos anos 60, iniciou-se uma mudança no modelo de assistência médica no Brasil, pois os custos desses serviços eram altos, o que tornava esse recurso inacessível à grande parte da população.
Motivados por essa realidade, surgiram os planos de saúde médica, que ofereciam serviços de médicos e hospitais a preços compatíveis com a renda de determinadas faixas da população. Hoje, essa assistência abrange 48,5 milhões de pessoas, cerca de 30% da população brasileira.
Fato semelhante vem acontecendo com a odontologia.
Nos anos 90 houve um boom no mercado de planos odontológicos, saltando de 500 mil beneficiários em 1995 para 3 milhões em 2000, sendo grande parte desses planos oferecidos por empresas aos seus funcionários.
Esses números são muito importantes para a saúde da população brasileira, pois convivemos com estatísticas desanimadoras:
- 90% da população brasileira possui cárie e outras patologias bucais;
- 80% não tem sequer acesso ao tratamento odontológico.
Oferecendo a assistência odontológica como um benefício, as empresas públicas e privadas estarão preenchendo a lacuna deixada pela timidez dos projetos governamentais direcionados para saúde bucal.
Para grande parte da população brasileira, o cirurgião-dentista é procurado apenas em casos extremos, de muita dor ou desconforto, o que faz com que os problemas bucais sejam responsáveis por 25% das faltas ao trabalho (de acordo com a OMS).
A odontologia sempre foi vista como uma necessidade cara e desagradável (entenda-se dolorida). Com o crescimento do mercado de planos de assistência odontológica, esses paradigmas estão sendo quebrados.
Há uma realidade não perfeitamente clara: os custos dos planos odontológicos são extremamente atrativos, pois como são contratados por empresas ocorre um ganho de escala, e consequentemente maior queda no valor per capita.
Além do desafio de tornar os planos acessíveis financeiramente, as empresas de planos