Ocupação do Brasil
Durante os primeiros tempos da colonização do Brasil, os sítios povoados, não passavam de manchas dispersas, ao longo do litoral, se tornam um acesso ao interior.
Nestes povoados os portugueses provocam um ambiente que se adapte à sua rotina. O processo evolui com a introdução da cana-de-açúcar, chegam os negros e os índios, sendo que os que são incapazes de ajustar-se ao trabalho do engenho, são rapidamente sacrificados. Os que não pereceram, pela armas ou moléstias, vão procurar refúgio no sertão distante (HOLANDA, Sérgio B. de. Monções. 1990, p. 15).
Entretanto, no processo de adaptação do europeu neste “novo mundo”, o indígena se torna seu principal iniciador e guia, por via terrestre ou fluvial. Ao contato dele, os colonos, atraídos para um sertão cheio de promessas, abandonaram todas as comodidades da vida civilizada. E no sertão adentro começam a ser feitas plantações. Passam a se conhecer a grande propriedade, o que ainda não se conhece é a grande lavoura, dedicada ou não à lavoura, dando lugar à formação de novos fulcros de povoamentos. (op. cit., 181-185).
Os primeiros caminhos do sertão foram feitos pelos índios, através de suas trilhas, de muitas delas, também sairiam povoados prósperos.
Para a travessia do Paraná os bandeirantes recorreram a “balsas”, especialmente em épocas de enchentes. E foi um meio muito utilizado pelos jesuítas, que delas se serviam para o comércio da erva-mate. Sendo, também, muito utilizadas na bacia da prata.
A história das monções do Cuiabá é, de certa forma, um prolongamento da história das bandeiras paulistas, em sua expansão para o Brasil Central. Desde 1622, grupos armados, vindos de São Paulo, trilhavam terras hoje mato-grossenses, caçando índios ou assolando povoações castelhanas.
As monções eram compostas por dezenas, e as vezes centenas, de canoas