Conquista e ocupação da amazônia: a fronteira norte do brasil
Conquista e ocupação da Amazônia: a fronteira Norte do Brasil
Resenha apresentada como requisito avaliativo no módulo de Estudos Integrativos Amazônicos – Centro de Formação Interdisciplinar.
Santarém – Pará
2012
“Conquista e ocupação da Amazônia: a fronteira Norte do Brasil”, de Regina Maria A. Fonseca Gadelha, traz um conjunto de ideias que subvertem a ordem estabelecida na colonização do Brasil, especificamente nas áreas amazônicas.
Os equívocos com os quais se defronta o conhecimento da realidade amazônica decorrem da carência de ensinamentos geopolíticos mais sólidos, embasados em uma historiografia mais rigorosa acerca da legitimidade da ocupação portuguesa dos territórios amazônicos, que abrangeram no passado o estado do Maranhão e Grão-Pará. A maioria das contribuições existentes data dos anos 1950-60 e, hoje, são pouco conhecidas. É o caso das obras fundamentais de Arthur César Ferreira Reis e de Jaime Cortesão. Por outro lado, os estudos recentes se prendem a questões como a denúncia dos latifúndios da região ou a necessária defesa ecológica da floresta e seus recursos, inclusive minerais, desconhecendo as origens da ocupação, da posse e dos direitos coloniais que nortearam as conquistas do Brasil português.
Desde 1974, ao iniciar as primeiras investigações acerca das missões jesuítas, Regina convencera-se da importância dos fundamentos geográficos e contingenciamentos das condições do habitat sobre os povos, consolidada pela leitura das obras de Jaime Cortesão, em especial Raposo Tavares e a formação territorial do Brasil (1966). A obra se inicia com um fundamental capítulo acerca da geografia e etnografia da América do Sul, em que o autor desenvolve a tese de que a posição e o espaço em que hoje se assenta o Estado brasileiro se explicam um pelo outro. Ou seja, posição e espaço facilitaram a ocupação territorial do país e, dessa forma, beneficiaram a ocupação da hinterlândia brasileira pelos portugueses, ainda no