Resumo

Pâmela Xavier Bastos 83130 GEO 231

O Brasil é um país de desigualdades sociais e regionais, resultado da concentração da riqueza. Os problemas da questão agrária, referentes à vida e produção no campo, formam o conjunto de questões estruturais que impedem outro modelo de desenvolvimento para o país, mantendo suas características contraditórias em favor de um pequeno número de privilegiados que detém a maioria dos meios de produção e controla a política e as finanças do país. Com somente 18,8% da população vivendo no campo, um êxodo rural de 4,2 milhões de pessoas no período de 1991 à 2000 e o fim de 1,5 milhões de postos de trabalho no campo no período de 1996 a 2006, o Brasil é o quinto maior exportador mundial de produtos agropecuários, principalmente soja, açúcar, álcool, suco de laranja, café, papel e celulose, fumo, algodão e milho, sendo também o maior exportador mundial de carne. Esses produtos são responsáveis por grande parte do superávit da balança comercial brasileira. A contradição se evidencia quando se verifica que em 2004 o IBGE contou 72 milhões de brasileiros residindo em domicílios com algum tipo de insegurança alimentar, ou seja, não tinham garantias de alimento em quantidade e em qualidade. Muitos desses brasileiros, camponeses, sem condições de produzir em sua própria terra. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO) calculou que em 2005 cerca de 11 milhões de pessoas, sofriam de desnutrição. (Estima-se que 12,9 milhões de famílias têm renda inferior a R$ 137,00 por membro) e, por isso, 11,6 milhões delas recebiam em 2009, auxílio do Programa Bolsa Família, que varia de R$ 20,00 a R$ 182,00 por família. Esses dados indicam que o Brasil não possui segurança alimentar, já que grande parte da população não tem acesso aos alimentos, e também não possui soberania alimentar, já que o não acesso a terra e aos meios adequados para nela produzir. Ainda existe o agronegócio, que estabelece as regras de como e o que produzir para