OCEANOGRAFIA: ASPECTOS HISTÓRICOS E ACADÊMICOS ASPECTO HISTÓRICO DA OCEANOGRAFIA NO MUNDO A primeira evidência direta de navegação, viagens marítimas com objetivo específico, são os registros do comércio no Mar Mediterrâneo. Os primeiros povos que desenvolveram a navegação foram os fenícios (2000 a.C), tendo eles explorado o Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho e o Oceano Índico. Estabeleceram o comércio com as culturas do leste da Ásia e descobriram as ilhas Canárias. A primeira navegação da África foi feita por eles por volta de 590 anos a.C. Os gregos deram suas contribuições através da construção de mapas (450 a.C), pelo geógrafo Heródotus. Os egípcios organizaram o comércio no Rio Nilo. Na Europa a atividade náutica teve impulso através dos exploradores Vikings da Escandinávia. Magalhães (1519-1522) foi o primeiro explorador que tentou medir a profundidade do oceano. Em 1768, o capitão James Cook realizou uma expedição, ao sul do Oceano Pacífico, mediram a temperatura das águas profundas, ventos, correntes e mapeou a Nova Zelândia e a Austrália Depois veio a época das grandes navegações, descobrimentos e expedições. No início das navegações outros povos viajavam pelo oceano. Os chineses desenvolveram o sistema hidroviário extenso nos rios, alguns se interligavam para que o transporte fosse mais conveniente. O comércio e a curiosidade incentivaram os aventureiros a realizar viagens cada vez mais ambiciosas, que, no entanto, seriam possíveis apenas com a junção ordenada da navegação astronômica (e conhecimento do formato e do tamanho da Terra), com a tecnologia de construção naval avançada, cartas precisas (não só registros descritivos) e, talvez o aspecto mais importante, com o conhecimento cada vez maior do oceano. As ciências do mar, como estudo organizado do oceano, começaram com os estudos técnicos dos navegadores. Em 1815, Edward Forbes, naturalista inglês, deu uma