Obtenção da celulose
Com a finalidade de representar objetos inanimados ou em movimento, o homem vem desenhando nas superfícies dos mais diversos materiais, desde o desenho nas cavernas ao atual papel. Com as representações gráficas se tornado cada vez mais complexas, o homem passou a desenvolver suportes mais adequados para suas representações.
O mérito pela criação do papel, de acordo com historiadores, foi dado à TS’ ai Lum (105 D.C), tendo feito através da polpação de redes de pesca e de trapos, e mais tarde usando fibras.
A maioria das fibras utilizadas pertence ao reino vegetal, sendo as de maior importância econômica as fibras de madeira.
As fibras que não formam a madeira constituem apenas 5% do total de fibras utilizadas, porém para muitos países é uma das maiores fontes atuais e potenciais de fibras.
No Brasil, a madeira utilizada provém, principalmente, de várias espécies arbóreas de eucalipto e pinus.
A escolha dessas espécies foi baseada em seu rápido crescimento, aproximadamente 3 a 4 vezes mais rápido que em seus países de origem.
Outras espécies utilizadas como fonte de matéria prima para a pasta celulósica, em pequena escala, são o pinho-do-paraná e a gmelina.
A madeira é formada de fibras em múltiplas camadas ligadas entre si por forças interfibrilares e pela lignina, que age como ligante. Para separação dessas fibras, é necessário despender certa quantidade de energia (processo denominado de Polpação), que tem relação direta com o a qualidade final do produto.
Os materiais lignocelulósicos são compostos, basicamente, por celulose (principal componente da parede celular da fibra), hemiceluloses (constituídas de vários tipos de unidades de açúcar), lignina (composição química complexa) e constituintes menores (compostos orgânicos de diversas funções químicas).
Um dos principais processos de polpação química é o Kraft, que consiste em uma combinação de dois reagentes químicos: hidróxido de sódio e sulfeto de sódio