obsessão
GRUPO DE ESTUDO DAS OBRAS DE ANDRÉ LUIZ E
MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
21o LIVRO: “LOUCURA E OBSESSÃO” - 1988 - 10 REUNIÕES.
1a. REUNIÃO
(Fonte: prefácio e capítulos 1 a 3.)
1. A obsessão é uma forma de loucura de natureza diferente - No prefácio deste livro, seu autor diz que no estudo da etiopatogenia da loucura não se pode mais descartar as incidências da obsessão, ou predomínio exercido pelos Espíritos desencarnados sobre os homens. O intercâmbio entre as mentes que se encontram na mesma faixa de interesse é muito maior do que imaginamos. Atraindo-se pelos gostos e aspirações, vinculando-se mediante afetos doentios, sustentando laços de desequilíbrio decorrente do ódio, assinalados pelas paixões inferiores, exercem os Espíritos constrição mental e, às vezes, física nas pessoas que lhes concedem as respostas equivalentes, resultando daí variadíssimas alienações de natureza obsessiva. O Espiritismo não nega a loucura e as causas detectadas pelos pesquisadores; antes as confirma, reconhecendo nelas mecanismos necessários para o estabelecimento de matrizes, através das quais a degenerescência da personalidade ocorre, nas múltiplas expressões em que se apresenta. Ocorre que nos episódios da loucura, ora epidêmica, a obsessão deve merecer um capítulo especial, a requerer a consideração dos estudiosos. Largos passos já foram dados para a compreensão da loucura, suas causas e sua terapêutica; contudo, a doença mental permanece ainda como um grande desafio para todos os que se empenham na compreensão de sua gênese, sintomatologia e conduta. Kardec, o extraordinário psicoterapeuta que melhor aprofundou a sonda da investigação no desprezado capítulo das obsessões, demonstrou que nem toda expressão de loucura significa morbidez e descontrole dos órgãos encarregados do equilíbrio psicofísico do indivíduo, e que o Espírito é o herdeiro de si mesmo, dos seus atos anteriores, que lhe plasmam o destino futuro, do qual não