Obsessão pela cultura
UERJ
TRABALHO DE TEORIA ANTROPOLOGIA I
OBSESSÃO PELA CULTURA
PROF. MARCIA CONTINS
Aluna: Cândida Maria
Janeiro
2010
OBSESSÃO PELA CULTURA
O livro coordenado por Márcia Paiva e Maria Ester Moreira tem um titulo muito sugestivo sobre o conceito Cultura, “Cultura. Substantivo Plural.” Realmente cultura, apesar de ser um substantivo, tem um sentido plural, principalmente na ciência que a estuda ou de certa forma a criou, a Antropologia. O primeiro significado ou de tentativa de interpretação de cultura remonta aos tempos dos viajantes e missionários, que entendiam as civilizações encontradas como sendo a degenerescência da humanidade devido ao pecado. Os homens eram todos descendentes de Adão e Eva, e as sociedades encontradas eram “remanecentes de um processo de degeneração que teria atingido parte da humanidade.” Essa degenerescência era resultado do pecado e os povos encontrados em estado “primitivo” estariam no fim de um longo processo de decadência. Contudo na metade do século XIX, com o abandono da Teologia como pressuposto cientifico, as emergências de novas ciências, principalmente o Darwinismo, surgem os antropólogos evolucionistas, que trazem para o vocabulário do estudo de outros povos palavras como “origem”, “evolução” e “cultura”, que se tornam fundamental na compreensão das sociedades que estão sendo descobertas. Antropólogos como Morgan, Tylor, Frazer compreendem estas sociedades primitivas não como o fim de um longo processo de degenerescência, mas, como o inicio de um processo de evolução, ou seja, elas representariam o estagio inicial da humanidade, de sua evolução. Note-se que “Deus” não seria mais a palavra forte do vocabulário, como o criador de todas as coisas, mas, a cultura seria a palavra que substituiria essa visão teocêntrica, por uma antropocêntrica. Agora cultura