Observação dos fatos sociais
Para Emile Durkheim os fatos sociais são maneiras de agir e pensar fora das consciências individuais, isto é, os fatos sociais são produzidos pela consciência coletiva.
A primeira regra relativa à observação dos fatos sociais e também a regra fundamental é formulada da seguinte maneira: “Tratar os fatos sociais como coisas” os fatos sociais devem ser tratados como coisas porque são os data imediatos da ciência, enquanto as idéias de que os fatos sociais são supostamente os desenvolvimentos, não são diretamente dadas.
Durkheim considerava a reflexão anterior á ciência, porém o homem utiliza a mesma de maneira metódica e a partir desse uno regula sua conduta a partir das noções para compreender as coisas, estas noções, por conseguinte não são substitutos legítimos das coisas, pelo contrário são um véu que se interpõe entre nós e as coisas e as esconde quanto mais acreditamos em sua transparência. Para ele, os conceitos não podem tomar o lugar das coisas, pois isso é uma inclinação natural do homem.
A partir desse ponto segundo Durkheim a sociologia estava tratando exclusivamente de conceitos e não de coisas, estava tomando idéias como objetos de estudo. Essa crítica foi feita aos estudos de Comte que reconheceu o caráter de coisas quando proclamou que os fenômenos sociais são fatos naturais submetidos a leis naturais, mas quando saiu das generalidades filosóficas, tomou idéias como objetos de estudos.
Outra crítica foi feita a Spencer que respeitou o conceito, porém para substituí-lo por outro formado do mesmo modo. De acordo com Durkheim, Spencer teria se deixado levar por noções prévias e não havia observado a coisa em si quando afirmou que uma sociedade só existe quando a justaposição se junta a cooperação. Essa afirmação, no entanto, não é cientificamente legítima a menos que se tenha começado a examinar todas as manifestações da existência coletiva e demonstrado que todas elas são formas diversas