Obrigatoriedade do diploma ao jornalista- editorial
Desde 2009 quando o STF (Supremo Tribunal Federal) decretou que o diploma para exercer a profissão de jornalista não seria mais obrigatório no Brasil, as contestações sobre a medida começaram a surgir com afinco, principalmente entre os estudantes recém formados e os prestes a completar sua formação acadêmica. Aos jornalistas de longa data, a “novidade” causou certo receio pela preocupação que estes têm de serem trocados pelos jornalistas - qualquer: qualquer um, a qualquer momento e, de qualquer maneira.
Sendo assim, criou-se a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 33/29, como uma forma de reconsiderar a decisão do STF. A proposta já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas após quase cinco anos o que se nota é a demora para resolver a situação, tendo como fator relevante a falta de apoio político.
Porém, ao ver o outro lado da história, não se pode julgar ao extremo que um cidadão sem formação, não seja capaz de redigir uma notícia com coerência e autonomia de entendimento, o fato é que a falta de embasamento teórico, cobrado na maior parte do período em que se está na universidade, pode prejudicar o andamento de uma informação na hora de sua produção, que é baseada sob a complexidade de diferentes teorias e paradigmas. Disciplinas como ética no jornalismo reforçam a característica que o jornalista deve ter no seu dia a dia de trabalho, sempre consciente da ideia de que para ser um profissional de qualidade não é necessário só saber escrever, mas sim possuir valores de caráter.
A partir desse contexto vivido atualmente, como saber qual profissional as empresas vão querer contratar? O mais barato? Ou aquele que estiver disposto a dar o seu melhor, seja ele formado ou não?
Talvez seja necessária uma mudança radical, tanto nas leis como na forma de lidar