Objetivos da Macroeconomia
A Economia, enquanto ciência, isto é, com um objecto e método próprios, surge com Adam Smith. O seu livro Riqueza das Nações1 (1776) é um marco importante para a Ciência Económica. Por isso, Adam Smith é considerado por muitos economistas como o “pai” da Ciência Económia. Na mesma linha de raciocínio, seguiram-se os autores clássicos como David Ricardo e Jean Baptiste Say.
No século XIX surgiram autores, como Jevons, Menger, Walras e Marshall que se preocuparam com o estudo do comportamento de pequenos agentes económicos (famílias, empresas). Esta preocupação resultou, em grande parte, de se estar a viver sob o lema do liberalismo total e o papel do indivíduo ser preponderante. Estes autores são denominados de neoclássicos.
Com a crise de 1929-30 nos Estados Unidos da América a teoria neoclássica entrou em ruptura, pois as soluções preconizadas para ultrapassar a crise não surtiam efeitos; baseavam-se na flexibilidade dos preços para atingir o equilíbrio e não na intervenção governamental. A depressão agravou-se e foi, então, que se aplicou uma nova teoria ligada ao economista John Maynard Keynes, cujo livro The General Theory of Employment, Interest and Rate (1936), constitui um ponto de viragem na Teoria Económica. Com Keynes surge a distinção entre a microeconomia (centrada na análise marginalista dos autores que antecederam Keynes) e a macroeconomia (consubstanciada na teoria keynesiana).
Usualmente, os objectivos da macroeconomia são agrupados em torno de três grandes temas: produto, desemprego e nível de preços. Há autores, como Belbute (2003), que referem um quarto objectivo ligado ao comércio internacional e à temática da estabilidade cambial.
O Produto : Um dos objectivos da macroeconomia refere-se ao produto. Segundo Keynes, o rendimento da economia é inferior ao rendimento de pleno emprego. Por definição, o rendimento de pleno emprego, ou produto potencial ou produto de pleno emprego é o rendimento