Obesidade
1- Epidemiologia A obesidade recentemente é considerada uma das mais importantes doenças não transmissíveis nos países desenvolvidos. Pesquisas mostram que mais de um terço da população norte-americana está acima do peso desejável. Em contrapartida, a obesidade é ainda relativamente incomum nos países da África e da Ásia. No Brasil, a situação mais crítica é verificada na Região Sul. De acordo com os dados do inquérito nacional mais recente cerca de 1/3 (32%) dos adultos brasileiros têm algum grau de excesso de peso e apresenta uma tendência crescente nas últimas décadas, visto que em 1997 a prevalência de obesidade no país foi estimada em 11% da população residente nas regiões nordeste e sudeste, enquanto em 1989 era de 9,6% e em 1974 era de 5,7%. Há uma prevalência maior de obesidade entre as mulheres, inclusive nos idosos. Em ambos os sexos, seu pico máximo ocorre dos 45 aos 65 anos (37% entre homens e 55% entre mulheres).
2- O que é? A definição de obesidade pode ser a de “acúmulo excessivo de gordura no organismo”. Para sua determinação, criou-se o Índice de Massa Corporal (IMC), método mais utilizado atualmente e que define que a obesidade seria classificada a partir de um IMC superior a 30 kg/m². A obesidade pode ser classificada em exógena, aquela causada pela ingestão calórica excessiva, sendo responsável por mais de 95% dos casos, ou endógena, que tem como causa os distúrbios hormonais e metabólicos. Existem também classificações quanto a distribuição de gordura: andróide, conhecida como obesidade central ou em forma de maçã, que é o acúmulo de gordura na região do tronco e ginóide, conhecida como obesidade periférica ou em forma de pêra, que o acúmulo de gordura abaixo da cintura, na região glúteo-femural. A obesidade andróide, central ou abdominal é observada com mais freqüência em homens e a obesidade ginecóide ou femural são comuns em mulheres. O risco de desenvolver doenças do coração é